IDENTIDADE
Pedro Bandeira
Às vezes nem eu mesmo sei quem sou.
Às vezes sou “o meu queridinho”.
Às vezes sou moleque malcriado.
Para mim tem vezes que eu sou rei,
herói voador,
caubói lutador,
jogador campeão.
Às vezes sou pulga,
sou mosca também,
que voa e se esconde de medo e vergonha.
Às vezes eu sou Hércules,
Sansão vencedor,
peito de aço,
goleador.
Mas que importa
O que pensam de mim?
Eu sou eu,
sou assim,
sou menino.
Transcrito de Cavalgando o arco-íris. São Paulo, Moderna, 1985
quarta-feira, 11 de março de 2009
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